Foto: http://www.caestamosnos.org/
PACELLI JOSÉ MARACCI ZAHLER
( Brasília – Brasil )
Nasceu a 07 de Abril de 1958, em Bagé, RS, Brasil.
Possui graduação em Engenharia Agronômica - Faculdades Unidas de Bagé (1981) e mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília (1985). É auditor-fiscal federal agropecuário aposentado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Defesa Fitossanitária.É escritor e editor da Revista Cerrado Cultural (www.revistacerradocultural.blogspot.com), revista literária virtual mensal. Atualmente é graduando em Comunicação Social, com habilitação em Cinema e Mídias Digitais do Centro Universitário do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB).
Informações coletadas do Lattes em 24/06/2020 – ESCAVADOR
COLETÂNEA VIAGEM PELA ESCRITA.Vol. VIII - Homenagem ao escritor Tanussi Cardoso. Org. de Jean Carlos Drumond. Volta Redonda, RJ: PoetArt Editora, 2021. 104 p. Apresentações por Jean Carlos Gomes, Álvaro Alves de Freitas, Anderson Braga Horta, Antonio Miranda, Ricardo Vieira Lima, José Eduardo Degrazia, Gilberto Mendonça Teles, Cláudia Brino & Vieira Vivo, Carmen Moreno, Christovam de Chevalier.
Ex. bibl. Antonio Miranda
JANELA CINZA
Janela cinza entreaberta,
Emoldurada por mosaicos,
No parapeito, um gato
Dormindo languidamente
Enquanto a vida passa.
As folhas dos arbustos
Dançam suavemente,
Tocados pela brisa
Do Munuano bajeense.
A moça naquele quarto
Maquia-se no toucador
Pra suspirar de saudade
Do moço que não voltou.
BAILARINA
Alongamentosl treinos, movimentos,
A música integrando-se ao corpo,
Machucados, torções, desalentos,
A sapatilha perdendo a forma.
De fibra é feita a bailarina,
Que não desiste do seu sonho.
Quer dar leveza ao movimento,
Desafiar a gravidade,
Flutuar pelo palco,
Encantar a plateia.
Despertar o imaginário
Do espectador deprimido
Que sonha em tê-la consigo
Num espetáculo privado.
PÉRGULA LITERÁRIA VI. 6º. Concurso Nacional de Poesias “Poeta Nuno Álvaro Pereira.” Valença: Editora Valença, 2004. 202 p.
Ex. biblioteca de Antonio Miranda
MEU ENTERRO
Morri...
Empedernido
Fui colocado
Num caixão.
A funerária
Faturou alto.
E eu morri de raiva.
Pois o enterro era simples.
E o valor da cova,
Hum, nem se fala!
Poucos amigos
Quiseram me homenagear,
Poucas lágrimas rolaram
Sinalizando saudades.
Não havia flores
E por quê haveria
Se eu não lhes sentira
O perfume?
E lá se foi meu corpo
Cumprira seu destino final.
Para alívio geral.
Foto: acrosstheuniverse.blog.br/catedral-de-brasilia
A CATEDRAL
Da janela, na Esplanada,
Vejo a Catedral;
Mãos unidas
Que se abrem
Louvando a Deus
Lá no Céu.
Céu azul do Planalto!
Do Eixo Monumental,
Vejo um cálice e um pão,
Sangue e corpo de Cristo
Oferecidos em sacrifício
Em troca do Perdão.
Perdão pelos nosso pecados,
Pela miséria e a fome,
Pelas injustiças sociais
Que grassam pelo País
E que, um dia,
A Graça Divina
Os irá aliviar
Fazendo a Felicidade chegar
E o Brasil voltar a sorrir.
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Página publicada em fevereiro de 2022
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